Realidades Paralelas

Wednesday, August 11, 2004

Novidade

Não são assuntos realmente novos. As idéias por trás do processamento paralelo são quase tão antigas quanto os computadores em si (lembrando que os computadores analógicos operavam de maneira paralela, por assim dizer). Computação distribuída, apesar de estar na moda, também não é novidade. Sobre processamento maciçamente paralelo existem trabalhos pioneiros como a connection machine, com a qual até o lendário físico Richard Feynman esteve envolvido.

Por que usar arquiteturas que realizam processamento paralelo ? Intuitivamente, sempre pareceu que ter vários processadores colaborando para uma tarefa comum deveria ser mais eficiente que um único processador trabalhando sequencialmente na mesma tarefa. Imagine, então, se pudéssemos ter dezenas, centenas, quem sabe milhares de processadores trabalhando em conjunto... teríamos um poder de processamento além da imaginação, e poderíamos calcular (computar) várias coisas que são impossíveis hoje em dia.

Essa foi exatamente a idéia por trás da Connection Machine. Mas aí de cara surgiram as dificuldades: a comunicação e coordenação dos processadores se tornaram tão complicadas que o esforço realizado para realiza-las praticamente inviabilizou o projeto. Os projetistas da connection machine tiveram de baixar a bola e pensar mais com os pés no chão, abandonando as idéias iniciais.

E assim foi a história do processamento paralelo, aparentemente. A promessa é tentadora mas os custos altos demais, o que sobe o nível dos problemas para os quais compensa pagar. Por décadas, os supercomputadores usados em aplicações científicas e militares de ponta utilizaram o processamento paralelo como base para sua eficiência. Mas quem pode pagar por um deles ? Apenas um punhado de gente nos países muito ricos.

Mas aí apareceram os clusters na história.

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