Grupóides, Monóides, Herculóides
Resenha do livro Matemática Discreta para Computação e Informática, de Paulo Blauth Menezes.
Eu costumo reclamar por aí que livro técnico brasileiro é uma desgraça. Os livros ruins quase sempre têm sido maioria, embora a situação tenha melhorado um pouco nos últimos tempos. Que fique claro que eu estou falando de livros de autores brasileiros, e não necessariamente traduções de livros técnicos importados (embora algumas traduções sejam deploráveis também). E a culpa não é tanto dos autores; pelo que eu sei, as editoras impõem prazos curtíssimos. Enquanto nos livros de fora é normal você ler que o autor passou anos preparando um livro didático, aqui na Terra Brasilis o tempo médio é por volta de 6 meses. Isso é mais sentido nos livros das ciências básicas, que requerem um cuidado de elaboração que normalmente não cabe em 6 meses. Ainda por cima, muitos livros são porcamente tipografados e mal escritos.
Uma vantagem dos livros do Paulo Blauth Menezes é que são bem escritos. Mesmo assim, fica a sensação que o livro é pouco mais que notas de aula. Os assuntos são tratados corretamente, mas de forma muito superficial. Além disso, existe uma quantidade enorme de assuntos para um livro deste tamanho; existe até uma introdução à teoria das categorias que serve de muito pouco. Os exercícios são interessantes, mas pouco desafiantes, na maioria. Os exemplos de aplicações também são muito simples, embora nesse caso exista uma justificativa, já que é comum que estudantes de ciência da computação façam uma matéria de matemática discreta logo no primeiro semestre.
Para mim foi proveitoso ler sobre reticulados, e ver como alguns conceitos da matemática como relações e homomorfismo são vistos pelo ponto de vista da computação. Por exemplo, funções parciais dificilmente são tratadas em livros de matemática, mas são muito importantes na computação.
Enfim, o material é bom, mas o livro poderia se aprofundar mais, talvez reduzindo o escopo dos assuntos cobertos ou dividindo em dois volumes. A tipografia do livro também poderia ser bem melhor, principalmente em relação à notação matemática. Seria interessante ver outra edição, de preferência com alguns desses problemas resolvidos.
Eu costumo reclamar por aí que livro técnico brasileiro é uma desgraça. Os livros ruins quase sempre têm sido maioria, embora a situação tenha melhorado um pouco nos últimos tempos. Que fique claro que eu estou falando de livros de autores brasileiros, e não necessariamente traduções de livros técnicos importados (embora algumas traduções sejam deploráveis também). E a culpa não é tanto dos autores; pelo que eu sei, as editoras impõem prazos curtíssimos. Enquanto nos livros de fora é normal você ler que o autor passou anos preparando um livro didático, aqui na Terra Brasilis o tempo médio é por volta de 6 meses. Isso é mais sentido nos livros das ciências básicas, que requerem um cuidado de elaboração que normalmente não cabe em 6 meses. Ainda por cima, muitos livros são porcamente tipografados e mal escritos.
Uma vantagem dos livros do Paulo Blauth Menezes é que são bem escritos. Mesmo assim, fica a sensação que o livro é pouco mais que notas de aula. Os assuntos são tratados corretamente, mas de forma muito superficial. Além disso, existe uma quantidade enorme de assuntos para um livro deste tamanho; existe até uma introdução à teoria das categorias que serve de muito pouco. Os exercícios são interessantes, mas pouco desafiantes, na maioria. Os exemplos de aplicações também são muito simples, embora nesse caso exista uma justificativa, já que é comum que estudantes de ciência da computação façam uma matéria de matemática discreta logo no primeiro semestre.
Para mim foi proveitoso ler sobre reticulados, e ver como alguns conceitos da matemática como relações e homomorfismo são vistos pelo ponto de vista da computação. Por exemplo, funções parciais dificilmente são tratadas em livros de matemática, mas são muito importantes na computação.
Enfim, o material é bom, mas o livro poderia se aprofundar mais, talvez reduzindo o escopo dos assuntos cobertos ou dividindo em dois volumes. A tipografia do livro também poderia ser bem melhor, principalmente em relação à notação matemática. Seria interessante ver outra edição, de preferência com alguns desses problemas resolvidos.
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